Epidemiologia da Saúde Bucal - Série Fundamentos de Odontologia, 2ª edição
A nova edição de Epidemiologia da Saúde Bucal está completamente revista e atualizada.
A primeira parte segue o enfoque da Epidemiologia das Doenças, revisando a literatura brasileira sobre a frequência de mais de uma dezena de desfechos relevantes para a saúde bucal. As revisões são amplas e sistemáticas, tornando-se referências obrigatórias para diagnosticar a situação atual e identificar problemas que precisam ser enfrentados, tanto no campo da prestação de serviços quanto da pesquisa.
A segunda parte enfoca os desafios futuros da epidemiologia. Temas persistentes, como as marcadas desigualdades sociais – que são tão ou mais marcantes em saúde bucal do que em quaisquer outros indicadores de saúde – são abordados lado a lado com temas de interesse mais recente, como a influência do ciclo vital e o impacto da saúde bucal sobre a qualidade de vida e sobre doenças sistêmicas. Esta seção aborda ainda questões éticas e tópicos relativos ao ensino de epidemiologia e a suas aplicações para os serviços preventivos e curativos.
Por fim, a terceira parte fornece as ferramentas necessárias para a prática epidemiológica, instrumentalizando os leitores para realizar suas próprias pesquisas de campo. São abordados temas como instrumentos, validação, coleta e processamento de dados, análise e apresentação de resultados, e revisões da literatura.
34 capítulos |
Formato | Comprar item avulso | Adicionar à Pasta |
---|---|---|---|
Parte 1 - Capítulo 1 - O Método Epidemiológico de Investigação e sua Contribuição para a Saúde Bucal |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 1 O Método Epidemiológico de Investigação e sua Contribuição para a Saúde Bucal Marco Aurélio Peres José Leopoldo Ferreira Antunes Introdução Epidemiologia tem sido conceituada de múltiplas formas ao longo do tempo, por diferentes autores. Porta1 editou em 2008 a quinta edição de um conhecido dicionário de termos epidemiológicos e definiu epidemiologia como “o estudo da ocorrência e distribuição dos eventos relacionados à saúde em populações específicas, incluindo o estudo dos determinantes que influenciam tais eventos e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde”. Dois pressupostos fundamentam esta definição e, portanto, a epidemiologia: i) as doenças, condições de saúde e seus determinantes não se distribuem ao acaso na população; ii) o conhecimento desses fatores tem uma aplicação prática no controle e prevenção das doenças e agravos à saúde. A história registra contribuições importantes da epidemiologia na elucidação das causas de doenças e no seu enfrentamento. A investigação de John Snow em busca das causas das epidemias de cólera em Londres, em meados do século XIX, configura exemplo célebre e precursor de contribuição do método epidemiológico para a resolução de problemas de saúde. Valendo-se de conhecimentos médicos e estatísticos, além de uma notada preocupação |
|||
Parte 1 - Capítulo 2 - Levantamentos Epidemiológico sem Saúde Bucal - Recomendações para os Serviços de Saúde |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 2 Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal – Recomendações para os Serviços de Saúde Marco Aurélio Peres Karen Glazer Peres Introdução Levantamentos epidemiológicos em saúde bucal são definidos como estudos que fornecem informações básicas sobre a situação de saúde bucal e/ou as necessidades de tratamento odontológico de uma população, em um determinado tempo e local. Seus principais objetivos são: conhecer a magnitude dos problemas odontológicos e monitorar mudanças nos níveis e nos padrões das doenças ao longo do tempo.1 Conhecer a metodologia básica para a realização de um levantamento epidemiológico em saúde bucal é especialmente útil para os técnicos dos serviços de saúde. Os levantamentos servem como um instrumento importante para definição, implementação e avaliação de ações coletivas e individuais, preventivas e assistenciais. Não deve ser, portanto, um fim em si mesmo, mas uma forma de conhecer a realidade epidemiológica de determinada população, devendo ser realizado periodicamente. |
|||
Parte 1 - Capítulo 3 - Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal no Brasil |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 3 Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal no Brasil Angelo Giuseppe Roncalli Tatyana Maria Silva de Souza Introdução Os estudos transversais, também conhecidos como seccionais, de prevalência, inquéritos ou levantamentos epidemiológicos são ferramentas importantes no campo da vigilância em saúde. Fazem parte de um conjunto mais amplo das estatísticas de saúde, elementos fundamentais nos processos de monitoramento das condições de saúde e do desempenho do sistema de saúde.1 Além disso, conforme ressalta Barros,2 os inquéritos têm um papel importante no monitoramento das desigualdades sociais em saúde, tendo em conta a realidade da concentração de renda no país. Para a autora, isso tem implicações nas definições e escolhas de variáveis e indicadores. Cesar e Tanaka3 entendem a avaliação em saúde como uma composição de estrutura, processo e resultado; determinadas dimensões do processo e do resultado só são plenamente abordadas valendo-se de estudos com base populacional. Isso ocorre, pois as informações que são obtidas a partir da demanda de serviços de saúde são, na maioria dos casos, “altamente seletivas, ocultando um dos aspectos mais importantes da avaliação de serviços de saúde nos |
|||
Parte 1 - Capítulo 4 - Cárie Dentária |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 4 Cárie Dentária José Leopoldo Ferreira Antunes Marco Aurélio Peres Paulo Frazão Maria da Luz Rosário de Sousa A cárie dentária continua sendo o principal problema de saúde bucal na maioria dos países de alta e média rendas, afetando cerca de 60 a 90% dos estudantes e praticamente todos os adultos.48 Sua ocorrência é importante causa de dor, perda dentária, problemas na escola e absenteísmo no trabalho. No Brasil, a análise das estimativas disponíveis revela que o declínio da cárie dentária na população infantil está ocorrendo de forma desigual na população brasileira. Estudos prospectivos que acompanharam a incidência da doença em coortes de nascimentos possibilitam avaliar o efeito da exposição precoce a fatores sociobiológicos, e nos permitem compreender os determinantes da cárie dentária.45 A perda dentária precoce entre adultos e o edentulismo entre idosos são muito altos.11 No plano individual, a cárie dentária é uma doença multifatorial de natureza infecciosa, na qual predominam as formas crônicas. As formas agudas, caracterizadas por períodos de latência e de curso assintomático não prolongado, ocorrem numa pequena proporção das pessoas acometidas pela doença, em especial durante a fase de erupção dentária, na infân- |
|||
Parte 1 - Capítulo 5 - Condições Periodontais |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 5 Condições Periodontais Mario Vianna Vettore Diego Bassani Abelardo Nunes Lunardelli Introdução As doenças periodontais representam um grupo de condições inflamatórias e infecciosas que acometem as estruturas que envolvem e sustentam os dentes. Sabe-se atualmente que a gengivite branda a moderada é comum na maioria dos adultos e estes apresentarão um pouco de perda clínica de inserção periodontal ao longo da vida. No entanto, apenas uma pequena proporção de indivíduos apresenta formas graves e generalizadas da doença periodontal, e que esta proporção aumenta com a idade. Além disso, o padrão de progressão da doença periodontal é compatível com a manutenção da dentição ao longo da vida e que a perda de dentes por doença periodontal destrutiva em idades avançadas não pode ser considerada inevitável. Os estudos epidemiológicos envolvendo as doenças periodontais representam um desafio, não apenas pela variedade e inconsistência dos métodos de mensuração e critérios de diagnóstico, mas também pela multicausalidade relacionada à sua ocorrência e distribuição. |
|||
Parte 1 - Capítulo 6 - Oclusopatias |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 6 Oclusopatias Karen Glazer Peres Paulo Frazão Nilce Emy Tomita Introdução Nos últimos 40 anos, ocorreram transformações notáveis nos padrões epidemiológicos das doenças e agravos à saúde bucal, fazendo com que morbidades e condições diferentes ganhassem importância para a Saúde Pública. Nesse período, cresceu o interesse pelo desenvolvimento de pesquisas sobre etiologia, métodos de prevenção e tratamento de doenças diferentes e problemas bucais, como as oclusopatias, que ocupam a terceira posição, em uma escala de prioridades dos problemas bucais, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS).1 Angle2 definiu oclusão como as relações normais entre os planos inclinados oclusais dos dentes quando os maxilares estão cerrados. Em extensa discussão conceitual sobre as denominações dos problemas oclusais, Frazão3 destacou definições empregadas por autores diferentes. A condição de oclusão não “normal”, também conhecida como má oclusão, foi definida de modo abrangente por Moyers4 como desvios de crescimento e desenvolvimento do complexo bucofacial e desvios de posições dentais que podem originar as deformidades dentofaciais. |
|||
Parte 1 - Capítulo 7 - Dor Orofacial |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 7 Dor Orofacial Paulo Sávio Angeiras de Goes Mauricio Kosminsky José Tadeu Tesseroli de Siqueira Maria de Fátima Pinto Ribeiro Introdução Dor orofacial é condição de alta prevalência, e tem impacto significativo no indivíduo e na sociedade, constituindo um problema importante de saúde pública. Estima-se que mais de 80% da população apresenta ao longo da vida dor severa nessa região, a ponto de buscar o serviço de saúde.1 Em um estudo em que foram avaliadas a presença e a distribuição geográfica de dor nos últimos 6 meses verificou-se que a condição mais prevalente é a lombalgia (41%), seguida pela cefaleia (26%), dor abdominal (17%) e dor toráxica (12%). Os resultados desse estudo sugerem que a dor orofacial é também bastante prevalente, acometendo 12% da amostra pesquisada.2 A epidemiologia contribui para incrementar o conhecimento sobre a história natural das doenças. Há dificuldades inerentes ao estudo da história natural das dores. Elas são decorrentes de ampla variação temporal, e dos diversos níveis de severidade na apresentação desse sintoma. A persistência de dor por período prolongado pode modificar seu quadro clínico. Quanto ao aspecto temporal, a dor pode ser classificada como assintomática, aguda, recorrente ou crônica. Por exemplo, uma artral- |
|||
Parte 1 - Capítulo 8 - Fluorose Dentária |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 8 Fluorose Dentária Simone Tetu Moyses Samuel Jorge Moyses Introdução O uso de flúor como medida de promoção de saúde bucal e prevenção da doença cárie em populações humanas é uma das marcas de saúde pública das últimas décadas. A fluoretação de águas de consumo humano foi considerada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, em 1999,1,2 como uma das dez medidas de saúde pública mais importantes do século XX e uma estratégia de ação coletiva com impacto positivo na qualidade de vida e saúde bucal, prevenindo a cárie dentária. Não obstante, a doença cárie e suas sequelas continuam a ser um problema de saúde pública para muitos países em desenvolvimento e para as populações vítimas das iniquidades nos países desenvolvidos. As primeiras pesquisas envolvendo o uso de fluoretos concentraram-se basicamente no seu uso coletivo, veiculado pela água, tanto em sua ocorrência natural quanto adicionada artificialmente. Tais pesquisas visavam mensurar seus efeitos preventivos na prevalência e incidência de cárie, mas também os níveis seguros para evitar fluorose dentária.3-6 Um aumento significativo do uso de flúor, proveniente de variadas fontes, pôde ser observado em todo o mundo a |
|||
Parte 1 - Capítulo 9 - Traumatismo Dentário |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 9 Traumatismo Dentário Maria Ilma de Souza Côrtes Juliana Vilela Bastos Maria Letícia Ramos-Jorge Introdução A literatura atual demonstra claro interesse nas pesquisas sobre a epidemiologia dos traumatismos dentários, conduzindo-nos a uma reflexão sobre a inclusão deste agravo como condição de problema de saúde pública. As opiniões dos epidemiologistas são controversas, mas alguns fatores devem ser considerados em favor desta afirmativa. Os resultados de várias pesquisas apontam que a prevalência de traumatismo dentário é alta, variando de 3,9 a 58,6%, quando reportada em estudos populacionais, representando dados de vários países.1-3 Alguns levantamentos afirmam que sua etiologia é conhecida, o que possibilita estratégias de prevenção e controle.4-13 Apesar de escassos os dados sobre o custo do tratamento do traumatismo dentário, principalmente em crianças e adolescentes, algumas publicações são unânimes em apontar a gravidade do problema. Na Inglaterra, Wong et al.14 relataram o alto custo das despesas diretas com o tratamento, ou indiretas com perda de dias de trabalho e absenteísmo escolar. Segundo Glendor et al.,15 além dos custos do tratamento inicial das lesões traumáticas dentárias (LTD), existem ainda os gastos com o controle pós-tratamento, que se |
|||
Parte 1 - Capítulo 10 - Traumatismo Maxilofacial |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 10 Traumatismo Maxilofacial Maria de Fátima Pinto Ribeiro Paulo Sávio Angeiras de Goes Introdução O traumatismo maxilofacial é resultante de injúrias ocorridas na face e na cabeça, e é frequentemente encontrado na população,1-4 podendo acarretar danos físicos, psicológicos e produzir impacto econômico no indivíduo e na sociedade. Ele pode ser tratado e, mais importante, pode ser prevenido.3 Devido a sua posição anatômica, a face e a cabeça são sempre mais suscetíveis a sofrer traumatismo, sendo a região o primeiro objeto de interação com o indivíduo, tornando-a pouco protegida e bastante exposta.5 Apesar do grande número de trabalhos que estudam a frequência de fraturas do complexo maxilofacial, poucos enfocam a dimensão populacional do problema. Estudos realizados em hospitais de emergência1-3 relataram que a prevalência do traumatismo maxilofacial varia de 3,8 a 4,0%. Prevalência similar (4,1%) foi encontrada por Ribeiro et al.6 em estudo conduzido em unidades de atendimento de emergência de hospitais públicos na cidade do |
|||
Parte 1 - Capítulo 11 - Disfunção Temporomandibular |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 11 Disfunção Temporomandibular Márcio Lima Grossi Gabriela Modesti Vedolin Introdução A articulação temporomandibular (ATM) é classificada como uma articulação composta e é formada pelo côndilo mandibular posicionado dentro da fossa mandibular do osso temporal e pelo disco articular que separa os dois ossos. O termo “disfunção temporomandibular” (DTM) envolve uma série de agravos de dor crônica relacionadas à musculatura mastigatória, à articulação temporomandibular ou a ambas.25 Os principais sinais e sintomas de DTM são: dor na região temporomandibular; dor e sensibilidade nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM); ruídos articulares; e limitação ou desvio do movimento mandibular.11 A Epidemiologia é o campo do conhecimento que se preocupa com a descrição do estado de saúde, com a distribuição de uma determinada doença ou agravo na população e seus fatores determinantes. Em um contexto mais amplo, os objetivos da Epidemiologia são: dar base científica à análise de fatores etiológicos, proporcionar a prevenção e o controle de doenças, e permitir a avaliação das necessidades de tratamento de uma doença.42,78,92 |
|||
Parte 1 - Capítulo 12 - Fendas Orofaciais |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 12 Fendas Orofaciais Simone Rennó Junqueira Marcia André Introdução As fendas orofaciais referem-se a defeitos estruturais da face causados por motivos genéticos e ambientais que ocorrem na fase embrionária, sendo consideradas congênitas por estarem presentes no momento do nascimento. São possivelmente tão antigas quanto a própria existência humana, e sua etiologia ainda não foi de todo esclarecida, havendo controvérsias no estabelecimento de possíveis fatores genéticos e ambientais que interferem no desenvolvimento embrionário.51 Alguns exames médicos realizados durante o pré-natal, desde os mais invasivos, como a amniocentese, aos não invasivos, como o ultrassom morfológico, podem evidenciar uma série de malformações no embrião. Entretanto, predizer com exatidão o risco desses agravos demandaria o mapeamento genético,50 um tipo de estudo limitado por dificuldades metodológicas e custo alto. As fendas orofaciais podem provocar desde pequenas alterações até grandes deformidades na região dos lábios, rebordo alveolar, palato e também na região nasal, e são fatores de limitação funcional (sucção, deglutição e fonação) e estética de grande impacto, que podem afe- |
|||
Parte 1 - Capítulo 13 - Defeitos de Desenvolvimento de Esmalte não Fluoróticos na Dentição Decídua |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 13 Defeitos de Desenvolvimento de Esmalte não Fluoróticos na Dentição Decídua Fabiana Vargas-Ferreira Sandra Espíndola Lunardelli Marco Aurélio Peres Introdução O esmalte dentário é um tecido incomum, que uma vez formado não sofre remodelação como os outros tecidos duros. Assim, alterações durante sua formação são permanentemente registradas na superfície dentária,1-3 podendo tais modificações ocorrerem nos períodos pré, neo e pós-natal.1-2 Por esse aspecto, estudos de antropologia têm inferido ao esmalte, especificamente aos defeitos de desenvolvimento de esmalte não fluoróticos – DDE, um possível caráter de identificador de “risco” individual associado com condições gerais de saúde ou ambientais, ou seja, um biomarcador para eventos de saúde/doença em tenra idade, como desnutrição.4-6 Outro aspecto importante refere-se à presença de DDE na dentição decídua como fator de risco para a ocorrência de cárie dentária identificado em estudos longitudinais7-11 Além disso, uma série de estudos tem enfocado a influência de fatores pré, neo e pós-natais no desenvolvimento de DDE, tais como prematuridade, baixo peso ao nascimento, condições nutricionais e doenças8-9,12-15 e fatores socioe- |
|||
Parte 1 - Capítulo 14 - Câncer Bucal |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 14 Câncer Bucal Maria Gabriela Haye Biazevic José Leopoldo Ferreira Antunes Antonio Fernando Boing Tatiana Natasha Toporcov Introdução “Câncer bucal” é uma categoria abrangente de localização para neoplasias, e inclui tumores de diferentes etiologias e perfis histológicos, embora majoritariamente se refira ao carcinoma epidermoide. A característica multifatorial de sua etiologia integra fatores endógenos, como a predisposição genética, e fatores exógenos ambientais e comportamentais, cuja integração pode resultar a manifestação do agravo. A doença afeta majoritariamente as pessoas com mais de 45 anos de idade e, internacionalmente, há muita variação inter e intrarregional de incidência e mortalidade.1 Moore et al.2 alertaram que os termos “câncer de boca”, “câncer bucal” e “câncer oral” são muito abrangentes, podendo a falta de especificação gerar confusões. Ao se referir ao câncer de cavidade bucal, alguns trabalhos excluem tumores nos lábios e/ou em glândulas salivares. Quanto às demais localizações anatômicas da boca (gengiva, assoalho da boca, mucosa da bochecha, vestíbulo da boca, língua, palato e |
|||
Parte 1 - Capítulo 15 - Erosão Dentária |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 15 Erosão Dentária Karen Glazer Peres Fabiana Vargas-Ferreira Mersita Fardo Armênio Introdução A erosão dentária é uma condição bucal relativamente comum,1 que pode acometer a população infantil, os adolescentes e os adultos. Este agravo vem sendo estudado substancialmente em virtude da sua importância e do possível impacto na qualidade de vida das pessoas. Adicionalmente, a transição epidemiológica e demográfica observada nos últimas décadas em várias partes do mundo proporcionou um panorama de novas investigações no campo da saúde bucal. Destaca-se o declínio na prevalência e gravidade da cárie dentária na população infantil e de adolescentes, assim como maior longevidade das populações, proporcionando mais tempo de exposição dos dentes aos desgastes tanto fisiológicos como patológicos. Este capítulo pretende abordar o quadro atual da epidemiologia da erosão dentária em ambas as dentições, assim como discutir os fatores associados a este agravo diante das características epidemiológicas e demográficas do início do século XXI. |
|||
Parte 1 - Capítulo 16 - Perdas Dentárias |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 16 Perdas Dentárias Angelo Giuseppe Roncalli Paulo Roberto Barbato Camila Maria Bastos Machado de Resende Introdução A rigor, as perdas dentárias não podem nem devem ser encaradas como doença, em sentido estrito, mas como um agravo à saúde. Contudo, pelo fato de este evento atingir proporções epidêmicas não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo, e também pelo fato de exigir uma abordagem específica do ponto de vista de políticas públicas de saúde, merece ser estudado com mais propriedade à luz do conhecimento epidemiológico. Uma primeira questão que deve ser desta cada é que a perda dentária é resultante de um conjunto de fatores interligados entre si que pertencem a basicamente três grandes dimensões: o nível de gravidade das doenças bucais, que provoca destruição dentária a ponto de inviabilizar qualquer tipo de tratamento restaurador; o modelo de prática odontológica hegemônico, tanto do ponto de vista do acesso aos serviços quanto do conjunto de tecnologias disponíveis; e, por último, as características culturais das populações, que exercem influência significativa no modo como a perda dentária é assimilada. |
|||
Parte 1 - Capítulo 17 - Halitose |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 17 Halitose Paulo Nadanovsky Introdução Halitose é sinônimo de mau hálito. O mau hálito é o odor desagradável que sai pela boca ou pelo nariz. O mau hálito suscita grande interesse na sociedade.89 Contrariamente ao que muitos acreditam, as pessoas de uma forma geral dão grande importância à saúde bucal e à saúde geral. O interesse pelo mau hálito deve‑se também aos problemas sociais e psicológicos que podem ser causados pelo mesmo. Quase todos os adultos podem apresentar mau hálito de vez em quando, principalmente logo ao acordar, pela manhã. Uma quantidade menor de pessoas tem mau hálito com mais constância. O impacto social e psicológico do mau hálito pode ser maior ou menor, independentemente de sua constância ou intensidade. Existe um componente psicológico muito importante na forma com que as pessoas lidam com os odores corporais próprios de uma forma geral, e com o odor do hálito em particular. Talvez a preocupação com o mau hálito seja um problema tão grande quanto o mau hálito propriamente dito.26 |
|||
Parte 1 - Capítulo 18 - Lesões Bucais em Tecidos Moles |
PDF Criptografado | ||
Capítulo 18 Lesões Bucais em Tecidos Moles Sandra Beatriz Chaves Tarquinio Marco Aurélio Peres Introdução Estudos de base populacional sobre a prevalência de lesões bucais são raros, mas de grande utilidade, pois propiciam a descrição detalhada da Epidemiologia dessas entidades nosológicas, revelando características relevantes da saúde bucal de grupos populacionais específicos. Estudos extensivos sobre prevalência de lesões bucais têm sido realizados na Índia1,2 e na Suécia.3 Em sua maioria, os estudos epidemiológicos sobre lesões bucais utilizam amostras de conveniência, estudam grupos populacionais específicos e com determinadas características demográficas.4-12 Assim, este capítulo está dividido em seções, abordando inicialmente como os estudos são desenvolvidos pelo mundo, as principais formas de avaliação dessas alterações, suas prevalências e peculiaridades em grupos populacionais específicos, e sua classificação segundo a faixa etária. |
Detalhes do Produto
- Título
- Epidemiologia da Saúde Bucal - Série Fundamentos de Odontologia, 2ª edição
- Autor(es)
- ANTUNES, José Leopoldo Ferreira; PERES, Marco Aurélio; CRIVELLO Jr., Oswaldo (coord.)
- ISBN
- 9788541202725
- Editora
- Grupo Gen
- Selo
- Santos
- Preço
- 215,00
- Lançado em
- 06 de Setembro de 2013
- Formato
- Criptografado
- Sim
- SKU
- BPP0000223781
- ISBN
- 9788541202992
- Tamanho do arquivo
- 26 MB
- Impressão
- Desabilitada
- Cópia
- Desabilitada
- Vocalização de texto
- Não
- Formato
- Criptografado
- Sim
- Impressão
- Desabilitada
- Cópia
- Desabilitada
- Vocalização de texto
- Não
- SKU
- Em metadados
- ISBN
- Em metadados
- Tamanho do arquivo
- Em metadados